sábado, 7 de março de 2009

Politiquices.


Ao longo da minha vida, sempre tive curiosidade em saber mais sobre tudo o que me rodeia para assim perceber em que mundo vivo, que tipo de pessoas posso encontrar, e, no caso de ter uma conversa mais elaborada saber o que argumentar.

Uma das áreas que sempre me deu mais "nós" à cabeça, mas ao mesmo tempo a que mais me faz rir, foi sempre a política. Nas alturas de debates (principalmente na Assembleia da República), dá-me um gozo enorme ver esses politicoides que mais parecem galos a picarem-se uns aos outros a defender as suas ideias com tudo o que têm e não têm mesmo que essas não tenham lógica nenhuma ou traga benefícios para quem os elegeu.
Mas não são só os debates que me dão vontade de rir. Outra das coisas que me dá vontade de rir com toda a satisfação são as promessas feitas pelos politicoides. Promessas que muitas das vezes não são cumpridas.

Há cerca de um ano e alguns meses, mais precisamente no dia 8 de Dezembro de 2007, perante mais de duas centenas de pessoas e na apresentação do meu livro, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara de Amarante (que não vale a pena dizer o nome), talvez para ficar bem visto, prometeu de forma clara que me dava a possibilidade de ter um emprego, para ganhar o meu dinheirozinho. Toda a gente ficou sensibilizada com tamanha oferta e com as palavras nobres que o senhor disse. Na altura faltava-me fazer uma cadeira apenas para terminar o curso, por isso não fui logo usufruir do que me foi prometido. Terminado o curso, e como estava morto por ter o meu emprego, fui ter com o Presidente e vi logo que a promessa tinha caído em saco roto. Meu dito, meu feito, começou com umas desculpas esfarrapadas, a dizer que havia outro rapaz com deficiência que também queria emprego e que já lhe tinha dito que não dava emprego e que não podia dar o dito pelo não dito…

Ora bem, que credibilidade pode ter este senhor quando ele promete algo à frente de uma multidão e depois volta atrás na promessa? Depois há a questão de ele não querer dar emprego a dois cidadãos com deficiência, pergunto: se os órgãos públicos não empregam essas pessoas, dando o exemplo à restante sociedade, como é que se pode exigir ao sector privado que integre nos seus quadros pessoas deficientes? O certo é que já passou mais de um ano e eu ainda não arranjei emprego.

A Câmara de Amarante é um belo exemplo de integração de pessoas com deficiência, não hajam dúvidas.

Sem comentários: