sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Gripe A, a gripe projectada.

Há quase cerca de um ano que estamos a ser bombardeados todos os dias com notícias sobre a gripe mexicana ou a gripe suína.

Segundo essas mesmas notícias, os primeiros casos de gripe surgiram nos porcos mexicanos e depressa passaram para os humanos, isto em Março/Abril de 2009. Acontece que há uns dias atrás, andava eu a navegar pela Internet quando vejo uma notícia que me fez pensar e muito: Segundo a sub-directora geral de saúde a gripe teve três anos de preparação. Mesmo quem não tem muitas capacidades de raciocínio, a primeira coisa que pergunta é: Se a gripe A só apareceu este ano como é que o raio da vacina já tem três anos de preparação?

Perante esta notícia será que ainda há quem duvide que isto tudo foi uma forma de enriquecer ainda mais os cofres das farmacêuticas e também uma forma de "arrumar" com alguma população mundial? A regra é simples, alastrar o pânico através dos meios de comunicação e assim vender Tamiflus e vacinas com força.

A famosa gripe das aves foi uma tentativa frustada de alarmar a população e vender fármacos; como não conseguiram atingir o objectivo, toca a lançar outra peste.

A ganância pelo dinheiro é o que irá destruir o nosso mundo...

Para quem quiser ler a notícia... carregue aqui.

sábado, 28 de março de 2009

A capacidade das crianças e a incapacidade de alguns adultos.

Ao longo dos anos sempre achei que as crianças são os seres com maior capacidade de raciocinar sobre a forma como as coisas são na sua verdadeira essência. Ao verem que não dá para atingir de uma maneira determinado objectivo, partem logo para uma alternativa que está na maioria das vezes mesmo ali ao lado e à vista de todos.

Esta introdução serve de ponto de partida para tocar num assunto que para mim é deveras interessante e que quero partilhar com o mundo.


Quem me conhece, sabe que eu não consigo fazer nada com as mãos, nada mesmo. O mais interessante é que há gente adulta que me conhece praticamente desde que eu nasci, que sabem muito bem quais as minhas limitações, o que sou capaz e como consigo fazer mas apesar disso, quando me querem dar qualquer coisa direccionam-se logo para as minhas mãos ficando (mesmo assim) alguns minutos à espera que eu pegue com as minhas mãos o que me querem dar. Muitos acabam por desistir de me dar, ou então pousam o objecto o mais próximo de mim dizendo “depois diz aos pais que isto é teu”.


Mais grave é quando algumas pessoas ao verem que eu não pego, agarram à força uma das minhas mãos para colocarem o que me querem dar. Naturalmente que nas maiorias das vezes, passados alguns segundos, deixo cair o objecto; vendo o bem no chão, apressam-se a apanhar e muitas das vezes (um pouco zangadas) repetem a mesma asneira.


Em sentido oposto estão as crianças. Há uns dias atrás voltei a reviver uma experiência única e que me toca profundamente o coração.


Estava eu no bar que a minha família está a explorar, quando vejo a entrar um miúdo (que tem 4/5 anos) que mora mesmo em frente. A mãe dele foi tomar café lá e ele acompanhou-a, mas antes tinha ido à pastelaria do lado buscar um saquinho de gomas. Depois de dar umas corridas, o Filipe vem a correr para a mesa da mãe, onde tinha as gomas, e diz à mãe: “Mãe, vou dar uma goma ao Nuno”. Eu sorri com esta atitude. Veio a correr para mim e só diz uma única vez “pega”. Olhou para mim e viu-me de boca aberta – fiz isso para ver a reacção dele – e o nino não tem mais, mete-me a goma na boca mesmo antes da mãe lhe dizer que ele tinha de me meter à boca. Este acto ganha maior destaque se eu disser que a minha relação com o Filipe é quase nenhuma, nunca tivemos um contacto muito directo.


O caso do Filipe é apenas um dos muitos casos pela qual já passei, tanto com crianças mais novas como mais velhas que ele.


Ainda bem que há crianças neste mundo…

segunda-feira, 9 de março de 2009

Uma marca portuguesa mas feita em Espanha.

Estava eu hoje a comer um pãozinho com uma manteiga de marca nacional e pertencente a um grande grupo lácteo português, quando me dá para ir ver o que dizia a embalagem. Qual o meu espanto quando vi que a marca portuguesa de um grupo português era na realidade feita na filial espanhola do mesmo grupo.

O meu espanto prende-se a vários factores que têm ocorrido nos últimos anos até aos nossos dias. Primeiro a origem deste grande grupo português (com a junção das três maiores marcas nacionais) foi para combater uma multinacional que apostou forte no mercado português, praticando preços mais baixos tudo porque comprava o leite mais barato lá fora com destaque em Espanha. Para combater esse gigante e evitar que ele tomasse de assalto os consumidores e produtores de leite nacionais, as três marcas juntaram-se dando origem a um único grupo económico que combatia não só esse gigante, mas também a vinda de leite externo e que segundo eles era de pior qualidade que o nosso.


Perante esta situação surge-me uma dúvida, o leite espanhol já é melhor que o nosso ao ponto de se construir fábricas no vizinho para produzir produtos que serão vendidos do lado de cá?


O outro ponto que me causa confusão na minha humilde massa cefálica, tem a haver com a actual crise mundial e o crescente número de desemprego em Portugal. Porque é que esse tal grupo económico português que há uns anos se defendeu dos estrangeiros por se considerar patriota, em vez de levar as fábricas para Espanha não as construiu cá dando emprego aos portugueses e não a espanhóis? Será que os espanhóis trabalham mais barato que os portugueses? Sinceramente não acredito.


Esta situação faz-me lembrar uma dita marca que se orgulha de dizer que o seu licor é o licor de Portugal e na verdade o álcool que utiliza vem directamente de Espanha. Enfim, somos muito patriotas...

sábado, 7 de março de 2009

Dia da Mulher, será necessário?

Amanhã é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Tenho pensado se realmente faz sentido celebrar o dia nos nossos tempos. Desde sempre que as mulheres lutaram para que houvesse igualdade entre os sexos. Essa igualdade foi sendo alcançada aos poucos e com muito esforço mas merecida.

É certo que ainda existem muitos sectores da sociedade onde é proíbida a entrada de mulheres, mas à medida que a sociedade evoluí essas barreiras ideológicas vão desaparecendo.


A ideia de haver um dia dedicado à mulher, surgiu na necessidade de celebrar as coisas boas que as mulheres fizeram e fazem. Mas será que um dia apenas chega para relembrar os feitos da mulher? Basta lembrar que para cada um de nós andar neste mundo, foi necessário uma mulher andar connosco nove meses na barriga. Porque não se celebra o dia da mulher todos os dias do ano?


Será que o facto de haver um dia dedicado ao sexo feminino não se torna um acto de desigualdade entre sexos? Sim, porque dá a sensação que o feminino só é lembrado uma vez por ano (o que não é justo). Em nome da igualdade, defendo que o dia 8 de Março seja abulido do mapa dos dias internacionais.

Politiquices.


Ao longo da minha vida, sempre tive curiosidade em saber mais sobre tudo o que me rodeia para assim perceber em que mundo vivo, que tipo de pessoas posso encontrar, e, no caso de ter uma conversa mais elaborada saber o que argumentar.

Uma das áreas que sempre me deu mais "nós" à cabeça, mas ao mesmo tempo a que mais me faz rir, foi sempre a política. Nas alturas de debates (principalmente na Assembleia da República), dá-me um gozo enorme ver esses politicoides que mais parecem galos a picarem-se uns aos outros a defender as suas ideias com tudo o que têm e não têm mesmo que essas não tenham lógica nenhuma ou traga benefícios para quem os elegeu.
Mas não são só os debates que me dão vontade de rir. Outra das coisas que me dá vontade de rir com toda a satisfação são as promessas feitas pelos politicoides. Promessas que muitas das vezes não são cumpridas.

Há cerca de um ano e alguns meses, mais precisamente no dia 8 de Dezembro de 2007, perante mais de duas centenas de pessoas e na apresentação do meu livro, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara de Amarante (que não vale a pena dizer o nome), talvez para ficar bem visto, prometeu de forma clara que me dava a possibilidade de ter um emprego, para ganhar o meu dinheirozinho. Toda a gente ficou sensibilizada com tamanha oferta e com as palavras nobres que o senhor disse. Na altura faltava-me fazer uma cadeira apenas para terminar o curso, por isso não fui logo usufruir do que me foi prometido. Terminado o curso, e como estava morto por ter o meu emprego, fui ter com o Presidente e vi logo que a promessa tinha caído em saco roto. Meu dito, meu feito, começou com umas desculpas esfarrapadas, a dizer que havia outro rapaz com deficiência que também queria emprego e que já lhe tinha dito que não dava emprego e que não podia dar o dito pelo não dito…

Ora bem, que credibilidade pode ter este senhor quando ele promete algo à frente de uma multidão e depois volta atrás na promessa? Depois há a questão de ele não querer dar emprego a dois cidadãos com deficiência, pergunto: se os órgãos públicos não empregam essas pessoas, dando o exemplo à restante sociedade, como é que se pode exigir ao sector privado que integre nos seus quadros pessoas deficientes? O certo é que já passou mais de um ano e eu ainda não arranjei emprego.

A Câmara de Amarante é um belo exemplo de integração de pessoas com deficiência, não hajam dúvidas.