sexta-feira, 4 de maio de 2018

Azul e Branco

No passado domingo, 29 de abril, fui mais a minha esposa visitar o Museu do FC Porto e aos pontos mais importantes do Estádio do Dragão. Confesso que foi uma tarde muito bem passada e que me fez perceber ainda mais, como é tão grande e rica a história do meu clube.

Durante as duas visitas, vaguearam pela minha cabeça vários pensamentos. Pensamentos esses que disse a mim mesmo que iria partilhá-los num texto. E cá está ele.

Os principais adversários (não gosto da palavra rivais) do meu clube, usam muitas vezes argumentos sem nexo para atacar o poderio que o FC Porto tem. Não vou falar em “apitos dourados” porque senão teria de falar em “caso Calabote”, no “lápis azul” do tempo do regime fascista, nos “e-mails”, nos “voucher’s” ou em “Toupeiras” que é um animal que eu não simpatizo nada, pois dá cabo das raízes das árvores que são tão importantes para a nossa saúde e tão belas. Está claro de se ver, que se fosse a escrever sobre isto tudo teria um longo e extenso texto que quase dava uma Tese de Doutoramento.

Limitar-me-ei a escrever sobre alguns ataques mais simples mas que caiem no ridículo pela sua argumentação. Os adversários do meu clube dizem muito que temos como símbolo um animal que só existe no nosso imaginário, ao contrário do Leão e da Águia que eu não digo que são dois animais imponentes, um no reino dos mamíferos e o outro no reino das aves. Mas não nos podemos esquecer o Dragão de Komodo. De imaginário nada tem, é bem vivo e é, somente, considerado como o maior lagarto conhecido, chegando a atingir 40 cm de altura e 2 a 3 m de comprimento e pode atingir os 166 quilos de peso. Posso afirmar que com estas características é sem dúvida alguma o rei dos lagartos. Além disso, não lança fogo pela boca. Factos são factos.

Mas se quisermos falar do tal animal imaginário, aquele que cospe fogo pela boca, eis que surge um dos contrassensos mais aberrantes que eu já vi. Se é o Dragão o rei do fogo, porque carga de água o “Ninho da Águia” é considerado como o “Inferno da Luz” onde pairam muitos “Diabos vermelhos”? É do senso comum que é no inferno que existe fogo, fogo esse que serve para queimar as almas impuras. Será que é isso que acontece para os lados da 2.ª Circular?

Voltando ao Dragão de Komodo, aqui vou também atacar os adeptos do meu clube. Sabemos que um dos clubes adversários – devido à cor do seu equipamento – são conhecidos como os “Lagartos”, mas como já vimos lagarto é o Dragão e não o Leão.

Falando das cores do equipamento, tenho um gosto enorme pelo azul e branco. Além de ser a cor da Bandeira Nacional da era da Monarquia (que eu simpatizo), é a cor do céu encantador. É certo que às vezes esse mesmo céu torna-se vermelho, mas quando assim é, é muito mau sinal. Vem uma tempestade de trovoada tremenda. Agora, céu verde e branco… não há!

Além das várias diferenças existentes entre adversário, temos algo em comum (não falando da grandeza de cada um dos clubes e da história rica que têm). Há a Constelação do Dragão, mas também há a Constelação de Leão e a da Águia.

Uns gabam-se de serem o maior clube nacional em termos de adeptos e com mais Campeonatos Nacionais, mais Taças de Portugal e mais Taças da Liga, a verdade é que nunca conseguiram um Pentacampeonato (nem no tempo da Ditadura); outros gabam-se por serem a instituição com mais títulos conquistados se englobarmos todas as modalidades desportivas. Este argumento é tão infeliz pois se o destaque maior vai para o futebol, ter de recorrer às outras modalidades desportivas do clube para tentar afirmá-lo como um grande clube, é triste. Verdade que os clubes têm outras modalidades, mas estas são quase sempre desprezadas em prol do futebol. Ninguém o pode negar.

Em termos de “gabanços”, posso dizer que o FC Porto é o clube português com mais troféus internacionais conquistados (isto sim é prestígio para o futebol nacional); é o clube que teve nas suas fileiras o atleta com mais troféus coletivos conquistados – Vítor Baía – e é o clube que tem o Presidente com mais troféus conquistados, em todo o mundo. É sem dúvida um motivo de orgulho grandioso. Para não falar no melhor Museu do mundo para se visitar.

De salientar que o FC Porto, no tempo do Estado Novo, foi uma das poucas instituições a nível nacional que resistiu à prepotência de um governo ditatorial que obrigava que todos os símbolos ligados à história monárquica portuguesa, fossem abolidas e erradicadas. É o caso da cor do clube e usada nos seus equipamentos, ou a coroa presente no emblema. Aqui também se fez notar a força que o Dragão tem. 

Ao ver a história exposta no Museu do FC Porto e a grandiosidade que este e o Estádio transmite a quem os visitam, tenho a certeza que o futuro está garantido, será extremamente risonho e só terá uma cor: “Azul e Branco”. É esta a cor do meu coração. 

Termino relembrando que Penta só há um, o do Dragão e mais nenhum.

Viva o FC Porto, viva ao Azul e Branco!

O único Penta em Portugal

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